Cultura & diversão no verão holandês

Uma das capitais européias de maior popularidade entre os turistas, Amasterdã atrai todos os anos cerca de 22 milhões de visitantes. Nesta época do ano, quando o sol dá o ar da sua graça, bares e restaurantes ficam lotados com gente de todas as partes do mundo. Mas as diferenças de língua e costume parecem pouco importar. O clima de descontração e de festa parece se irradiar em locais como a badalada Dam Square e se estendem aos tradicionais “Brown Caffes”. Boa parte dos bares e cafés tem por hábito colocar mesinhas nas estreitas calçadas. No final das contas, o sol brilha até pelo menos às 22h.

Zandvoort

Nos canais que cortam a capital holandesa, barcos turísticos levam grupos de um lado para outro. As saídas normalmente acontecem a partir de postos de vendas, em frente a estação central. O agito se estende pelas casas noturnas e também pelo casino, onde se pode arriscar a sorte nas roletas e nas máquininhas de caça-níqueis.

Além de tamancos, moinhos, tulipas e bicicletas, a cidade de pouco mais de 700 mil habitantes – uma das menores metrópoles do mundo – reúne características peculiares que fazem, com que, turistas de todas as partes do mundo, e com interesses diversos se animem em chegar lá: são charmosos canais, uma agitada vida noturna, uma incrível multiplicidade cultural e a tolerância da maconha.

O melhor do Verão

A melhor época para se visitar Amsterdã é sem dúvida no verão, quando o clima motiva as pessoas a sair às ruas e a vida fica mais intensa e agitada. Sendo assim, a estação na capital da Holanda é marcada pelo “Summer Festivals”.

Roteiro de Atrativos

Um dos maiores charmes da cidade são seus mais de 160 canais intercetados por centenas de pontes. Uma digressão pelas “ruas de água” é uma excelente maneira de se conhecer Amsterdã. Além de ser extremamente agradável, o passeio turístico de barco é ideal para se apreciar os casarões do século XVII, que remetem à Época de Ouro da cidade, quando chegou a ser a mais rica do mundo. São programas com duração média de 1h e ingressos na faixa de 20 euro. As opções variam desde uma viagem de uma hora em barcos de médio porte até jantares em luxuosos cruzeiros que podem durar o dia inteiro. Para combinar o passeio aquático com uma instigante viagem cultural, há ainda a opção do “barco-museu”, que faz paradas estratégicas nos arredores de 20 museus e pontos turísticos da cidade. Aliás, uma das vantagens do centro histórico, é que todas as atrações ficam bem perto umas das outras, ou seja, todo o percurso pode ser feito confortavelmente a pé. Mas fique atento aos bondes e bicicletas que cruzam a cidade. As ruas são estreitas, assim como as calçadas e movimentadas.

O melhor da cultura

Roteiro cultural de Amsterdã está entre os mais completos da Europa, afinal, são cerca de 45 museus, sendo que pelo menos dois deles são reconhecidos mundialmente: o “Rijksmuseum” e o “Vincent Van Gogh Museum”. No primeiro, o turista pode ver “Nightwatch” (Ronda Noturna) de Rembrandt além de obras dos maiores pintores holandeses, esculturas, móveis e porcelanas. Já o segundo, reúne a maior coleção do mundo de Van Gogh. Falando em Rembrandt, o turista ainda pode visitar a casa em que o artista viveu e trabalhou por vinte anos, transformada em museu, em 1911. Também é parada obrigatória o badalado museu de cera “Madame Tussaud”, cuja matriz fica em Londres.

Se a sua praia é arte moderna, não deixe de visitar o Stedelijk Museum, que traz trabalhos de Picasso, Cézanne, Monet, entre outros. Mas se a sua preferência for “ultra-moderna”, anote a dica: CoBrA Museum of Modern Art. Muito criticado no começo, o grupo CoBrA é hoje considerado muito importante para o desenvolvimento da arte moderna no século XX. Outra atração imperdível é a casa de Anne Frank, local onde a garota judia se escondeu dos nazistas durante a 2.ª Guerra Mundial. Foi lá que ela escreveu o seu famoso diário, que virou “best-seller” em 51 línguas ao redor do mundo. Para os fãs de cerveja, há ainda a sede da cervejaria Heineken, onde além da fábrica, funciona um museu.

Uma dica para quem não quer perder nenhuma atração, é pegar o trem circular, que funciona das 9h às 19h. Com um ticket é possível se entrar e sair do trem quantas vezes quiser. Outra pedida é desvendar as belezas de Amsterdã de bicicleta (bem ao estilo holandês) que consegue levar o turista até pontos inacessíveis de outras maneiras. Se for o caso de um passeio romântico a dois, não se envergonhe de alugar uma carruagem, maneira charmosa de passear pela cidade. Os coches são sempre bons guias e podem-lhe contar histórias inusitadas.

O agito da vida noturna

Se durante o dia você já supriu sua quota de museus, passeios em canais, caminhadas e outras atividades culturais, e ainda tem energia sobrando, é hora de mergulhar na agitada vida noturna da cidade. A variedade de diversão à noite é tão grande quanto à que se tem de dia. Para começar bem, vá até um dos charmosos “brown cafes”, no centro ou sente e relaxe em um dos terraços com vista para os canais. As praças também são uma boa pedida: em Leidseplein e Rembrandtplein é onde se concentra boa parte da vida noturna. Lá estão os cinemas, teatros, restaurantes e boates que ficam cheios até tarde da noite. Os bondes não circulam de madrugada, mas há opções de ônibus noturnos que funcionam até às seis da manhã, quando os bondes, metrôs e ônibus regulares voltam a circular.

Uma cidade liberada

Os mais conservadores costumam se referir à Amsterdã como o “paraíso sem limites”, já que o consumo de canábis, a popular maconha, é legalizado na cidade. Mas as coisas não são tão simples assim: teoricamente a erva só pode ser comprada em coffe shops credenciados, mas isso não impede que ela seja largamente oferecida em qualquer esquina.

Um dos pontos mais famosos, que atrai inúmeros curiosos, é o Bairro da Luz Vermelha – “Red Light District”, onde a prostituição é legalizada e as “meninas de vida fácil” ficam expostas de biquíni dentro de ‘vitrines’. Na área também existe uma infinidade de “sex shops”, onde se pode adquirir artigos, digamos assim, pouco ortodoxos.